Reflexões sobre Liderança e Autonomia no Existir de “Instituições Vivas” nas “Redes Vivas” de Atenção à Saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52572/revchronosurg.v2i1.40

Palavras-chave:

Pensamento Complexo, Sistemas, Redes, Vida, Resiliência, Antifragilidade, Liderança, Autonomia, Aprendizagem, Transcendência, Regulação, Gestão de Serviços de Saúde

Resumo

Uma “instituição viva”, em uma “rede viva”, deve manifestar a qualidade de “rede viva de si própria”, contribuindo para a vida nas redes às quais pertence, fomentando e movendo-se em um “sistema vivo”. Seu fluxo e refluxo de informações é importante para a autorregulação que surge com o aprendizado, perante os desafios da imprevisibilidade e impermanência. Trata-se de um estudo de reflexão, fundamentado na fenomenologia como base teórica filosófica, além da percepção dos autores sobre os temas abordados. Para permanecer viva, a instituição, mais do que fortalecer padrões e estruturas, deve ser capaz de criar padrões e estruturas, ganhando em flexibilidade, adaptabilidade e antifragilidade. Precisa-se de uma liderança distribuída que se articule em cima de consensos mobilizadores e colaborativos, sem perder sua própria autonomia; que forme e controle, de forma sutil, equipes autônomas e motivadas que sejam capazes de auto-organização e transcendência, de tomar iniciativas a partir de um diálogo interno de qualidade, assumir riscos, inovar e transferir seu aprendizado; que não manda, mas busca o consenso, não castra, não inibe, não restringe; que orienta, incentiva e convence, que não está querendo aparecer e está sempre aberto ao diálogo; capaz de promover o diálogo de sua equipe com o silêncio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudio Roberto Freire de Azevedo, Núcleo de Educação Permanente do SAMU 192 Regional Fortaleza

Mestre em Gestão de Tecnologia e Inovação em Saúde (IEP/HSL), atua principalmente nos seguintes temas: gestão pública, regulação, controle e avaliação de sistemas de saúde, da atenção à saúde e do acesso à saúde; cirurgia oncológica, urgência pré-hospitalar, filosofia oriental, psicologia transpessoal, meditação, religião e yoga. Cirurgião geral e laparoscópico e Instrutor do BLS (Basic Life Suport), atualmente é médico da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), na coordenação do Núcleo de Educação Permanente (NEP) do SAMU 192 - Regional Fortaleza. Especialista em Processos Educacionais na Saúde (2012 e 2014), em Gestão da Atenção à Saúde (2012) e em Regulação no SUS (2014), todos pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (IEP/HSL), foi tutor dos cursos de especialização em Regulação em Saúde (2012) e Gestão de Emergência em Saúde Pública (2014) , todos também do IEP/HSL Ex-chefe da Central de Regulação das Internações e a Equipe de Auditoria, Avaliação e Controle da SMS, prestou assessoria na criação da Equipe de Controle e Avaliação de Leitos Hospitalares e UTI na Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, em 2012, e do Sistema Municipal de Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMAFor), em 2013.

Extraído de http://lattes.cnpq.br/1770263016352375

Juliana Araújo de Medeiros, Núcleo de Educação Permanente do SAMU 192 Regional Fortaleza

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1989) com especialização em Endodontia. Ex-coordenadora pedagógica do Núcleo de Educação Permanente do SAMU 192 - Regional Fortaleza é dentista da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (CE). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Coletiva, com especialização em Processos Educacionais na Saúde (IEP/HSL, 2014), em Regulação em Saúde no SUS (IEP/HSL, 2013), em Gestão de Sistema e Serviço de Saúde (UNICAMP, 2007), em Epidemiologia e Vigilância em Saúde (UFC, 2006) e em Dinâmica de Grupo e Relações Humanas (CDGRH, 2001).

Referências

Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011. 549 p.

Azevedo CRF de, Medeiros JA de. Reflexões entre Aprendizagem e Regulação no Existir das “Redes Vivas” de Atenção às Urgências. Rev Chronos Urgência [Internet]. 2021 Jan 31 [cited 2022 Feb 5];1(1):e1121.26. Available from: https://chronos.samu.fortaleza.ce.gov.br/index.php/urgencia/article/view/26

Maximino VS, Liberman F, Frutuoso MF, Mendes R. Profissionais como produtores de redes: tramas e conexões no cuidado em saúde. Saúde e Soc [Internet]. 2017 Jun [cited 2022 Jan 1];26(2):435–47. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902017000200435&tlng=pt

Merhy EE, Gomes MPC, Silva E, Santos M de FL, Cruz KT da, Franco TB. Redes Vivas: multiplicidades girando as existências, sinais da rua. Implicações para a produção do cuidado e a produção do conhecimento em saúde. Divulg saúde debate [Internet]. 2014 [cited 2022 Jan 1];(52):153–64. Available from: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-774076

Passos DS dos. Antifragilidade: como a Ciência da Complexidade pode auxiliar as Organizações [Internet]. [Lisboa]: Instituto Universitário de Lisboa; 2019 [cited 2022 Jul 30]. Available from: https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/19747

Kovács I. Novas Formas de Organizaçao do Trabalho e Autonomia no Trabalho. Sociol Probl e Práticas [Internet]. 2006 [cited 2022 Mar 19];52:41–65. Available from: https://www.uc.pt/feuc/citcoimbra/Kovacs2006

Paula MFM de. Ambientes Complexos e a Superação da Gestão por Comando e Controle nas Operaçoes de Inteligência. Rev Bras Inteligência [Internet]. 2018 Dec 1 [cited 2022 Jul 30];(13):45–59. Available from: https://rbi.hom.enap.gov.br/index.php/RBI/article/view/149

Taleb NN. Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos. 15a Edição. São Paulo: Best Business; 2014. 664 p.

Passos DS, Coelho H, Sarti FM. From Resilience to the Design of Antifragility. PESARO 2018 Eight Int Conf Performance, Saf Robustness Complex Syst Appl. 2018;1(c):7–11.

Carlisle YM, McMillan E. Complex Adaptive Systems and Strategy as Learning. In: Little SE, Go FM, Poon TS-C, editors. Global Innovation and Entrepreneurship: Challenges and Experiences from East and West. Cham: Springer International Publishing; 2017. p. 43–60.

Maturana H, Varela F. De Máquinas e Seres Vivos: Autopoiese - a Organização do Vivo. 3a Edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997. 138 p.

Augusto GL de M, Ferreira RAM. Antifragilidade Democrática: Rev Vianna Sapiens [Internet]. 2020 Aug 29 [cited 2022 Jul 30];11(2):23. Available from: https://www.viannasapiens.com.br/revista/article/view/671

Garnica AVM. Algumas notas sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia. Interface - Comun Saúde, Educ [Internet]. 1997 Aug [cited 2021 Dec 25];1(1):109–22. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32831997000200008&lng=pt&tlng=pt

Takeuchi H, Nonaka I. The New Product Development Game. Harvard Business Review [Internet]. 1986;(64):137–46. Available from: http://damiantgordon.com/Methodologies/Papers/The New Product Development Game.pdf

Andrade LOM de. Inteligência de Governança para apoio à Tomada de Decisão. Cien Saude Colet [Internet]. 2012 Apr [cited 2019 Jun 22];17(4):829–32. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000400003&lng=pt&tlng=pt

Denis J-L. Institucionalização da avaliação na administração pública. Rev Bras Saúde Matern Infant [Internet]. 2010 Nov [cited 2022 Aug 5];10(suppl 1):s229–333. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000500020&lng=pt&tlng=pt

Scherer-Warren I, Lessa C, Adulis D, Wilson-Grau R. Vida em Rede: conexões, relacionamentos e caminhos para uma nova sociedade [Internet]. Martinho C, Felix C, editors. Barueri: Instituto C&A; 2011 [cited 2021 May 14]. 229 p. Available from: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/39126911/200920112733_vidaemrede.pdf?1444664417=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DVida_em_rede.pdf&Expires=1620999113&Signature=Y7bZ5WNt3bDdGIguv1rcks51e69if0o~HNf7T4XfhO26607V1RbNhqkS6uczWgVl8tnL8W6h

Silva LL da. Liderança Distribuída e Desempenho Organizacional: um estudo em unidades descentralizadas de negócios [Internet]. [Nova Lima]: Fundação Dom Cabral; 2019 [cited 2022 Aug 20]. Available from: https://ci.fdc.org.br/AcervoDigital/Dissertações FDC/MPA 2019/Dissertação Lilian Lira da Silva.pdf

Massoni NT. Ilya Prigogine: uma contribuição à filosofia da ciência. Rev Bras Ensino Física [Internet]. 2008 [cited 2022 Jan 1];30(2):2308.1-2308.8. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172008000200009&lng=pt&tlng=pt

Stralen M de S Van. Dynamic architectural systems: parametric design and digital fabrication towards conversational customisation [Internet]. [Belo Horizonte]: Federal University of Minas Gerais; 2017 [cited 2022 Aug 20]. Available from: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/MMMD-B4RHUJ

Hampshire MCS. O modelo do sistema viável na concepção da arquitetura de sistemas de informação: aplicação no contexto de incidentes em instalação de pesquisa na área nuclear. [Internet]. [São Paulo]: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo; 2008 [cited 2022 Aug 20]. Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3135/tde-09022009-183414/

Beer S. Decision and Control: The Meaning of Operational Research and Management Cybernetics [Internet]. New York: John Wiley & Sons, Ltd. (UK); 1994 [cited 2022 Aug 20]. 587 p. Available from: https://syscoi.com/model.report/nkbtr.org/down/Stafford_Beer_Decision_and_Control_The_Meaning_of_Operational_Research_and_Management_Cybernetics_1995.pdf

Beer S. The Viable System Model: Its Provenance, Development, Methodology and Pathology. J Oper Res Soc [Internet]. 1984 Jan 20 [cited 2022 Aug 20];35(1):7–25. Available from: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1057/jors.1984.2

Kybernetes Editorial Team. Ten pints of Beer. Kybernetes [Internet]. 2000 Jul 1;29(5/6):558–72. Available from: https://doi.org/10.1108/03684920010333044

Orengo M. Theoretical notes regarding the practical application of Stafford Beer’s viable system model. Kybernetes. 2018;47(2):262–72.

Scharmer O. Liderar a partir do Futuro que Emerge: a evolução do sistema econômico ego-cêntrico para o eco-cêntrico. Rio de Janeiro: Editora Alta Books; 2019. 320 p.

Downloads

Publicado

15-10-2022

Como Citar

1.
Azevedo CRF de, Medeiros JA de. Reflexões sobre Liderança e Autonomia no Existir de “Instituições Vivas” nas “Redes Vivas” de Atenção à Saúde. Rev. Chronos Urg. [Internet]. 15º de outubro de 2022 [citado 29º de março de 2024];2(1):e2122.40. Disponível em: https://chronos.samu.fortaleza.ce.gov.br/index.php/urgencia/article/view/40

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)